O Brasil padece de infortúnios desde o nascimento. Descoberto por acaso, teve a sua colonização de forma precária e atrabiliária.
Entre tantos defeitos de formação da identidade, nada mais nefasto e pungente do que os seus 380 anos de atrocidade escravocrata.
Esta foi uma herança maldita que, de cerca forma, ainda oferece malefícios terríveis que deformam a constituição da nacionalidade.
E nesse emaranhado de vícios e defeitos da evolução histórica brasileira termina embaçando a visão democrática na busca da solução dos seus problemas.
Dado mais entristecedor ocorreu nas eleições de outubro último quando a grande maioria do eleitorado pátrio exerceu o sufrágio universal por nada, para nada e sem objetivo de nada.
O que se observa do próximo mandatário e sua trupe é um formato governamental sem nada, com base no nada e para dar em nada, já que também recebeu a incumbência por nada.
O que se configurou apenas no descarrego eleitoral naquele que repetiu exaustivamente preservar anomalias arraigadas no passado de dolorosa e lastimável memória.
Dito isto, na contramão da história, em que as nações civilizadas aproveitam a democracia para rumar-se ao seu desenvolvimento, o Brasil, em total desventura, perde tempo com o nada.